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Imperatriz e Viradouro brilham no primeiro dia do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro em 2025.

Foto do escritor: Alessandra Cristina BarbozaAlessandra Cristina Barboza

Unidos de Padre Miguel e Estação Primeira de Mangueira também se destacaram com ótimos desfiles. Confira os vídeos e detalhes das apresentações, que marcaram a primeira vez em que quatro escolas se apresentaram por noite.


 


Marquês de Sapucaí — Foto: Marco Terranova/Riotur
Marquês de Sapucaí — Foto: Marco Terranova/Riotur

Imperatriz Leopoldinense e Unidos do Viradouro brilharam na primeira noite dos desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro, realizada neste domingo (2).


A Unidos de Padre Miguel, que fez sua estreia na elite, e a Estação Primeira de Mangueira também apresentaram bons desfiles, em uma noite marcada por enredos com temática afro.


No entanto, houve falhas no som em pelo menos três momentos durante as apresentações da UPM, Imperatriz e Mangueira. A Liesa atribuiu os problemas à empresa responsável pelo som, mas garantiu que as questões foram resolvidas e que os desfiles seguintes transcorreram sem incidentes.


Todas as escolas respeitaram o limite de 80 minutos para suas apresentações. Na estreia do novo formato com quatro desfiles por noite – anteriormente eram seis –, a Mangueira finalizou sua passagem pela Sapucaí às 4h11, antes do amanhecer.


O tradicional arrastão, onde o público invade a pista em um bloco atrás da última escola, terminou pela primeira vez em uma grande roda de samba na Praça da Apoteose.




Ala de baianas em desfile da Unidos de Padre Miguel, na Sapucaí. — Foto: Leo Franco / AgNews
Ala de baianas em desfile da Unidos de Padre Miguel, na Sapucaí. — Foto: Leo Franco / AgNews

Na segunda-feira (3) desfilam na Sapucaí mais quatro escolas: Unidos da Tijuca, Beija-Flor de Nilópolis, Acadêmicos do Salgueiro e Unidos de Vila Isabel.


Já na terça-feira (4) será a vez da Mocidade Independente de Padre Miguel, Paraíso do Tuiuti, Acadêmicos do Grande Rio e Portela.


A apuração das notas das escolas de samba do Rio de Janeiro ocorrerá na Quarta-Feira de Cinzas (5).


Desfiles do 1º dia

  • Unidos de Padre Miguel


  • Imperatriz Leopoldinense


  • Unidos do Viradouro


  • Estação Primeira de Mangueira


  • Unidos de Padre Miguel




Unidos de Padre Miguel


A escola celebrou seu retorno ao carnaval carioca após 52 anos com o enredo “Egbé Iyá Nassô”, uma homenagem à trajetória de Iyá Nassô, Francisca da Silva, uma figura fundamental na história do candomblé no Brasil.


O desfile destacou momentos significativos da vida e da luta de Iyá Nassô, enfatizando sua importância na cultura afro-brasileira e o protagonismo feminino negro, ressaltando a força das mulheres negras na construção da identidade nacional. A bateria também reforçou esse protagonismo, composta por 40 mulheres ritmistas.


A Unidos de Padre Miguel agitou a Sapucaí com seu samba vibrante. Um dos destaques foi o abre-alas, que trouxe três carros acoplados representando o império de Oyó. Outro carro da escola surpreendeu ao soltar o aroma de colônia durante o desfile, utilizado em banhos de ervas.


Imperatriz Leopoldinense


A atual vice-campeã busca seu décimo título em 2025 com o enredo “Ómi Tútú ao Olúfon – água fresca para o Senhor de Ifón”, que narra a visita de Oxalá ao reino de Oyo, governado por Xangô. Durante a jornada, Oxalá desobedece os conselhos de um babalaô para desistir da viagem e fazer oferendas a Exu, enfrentando uma série de obstáculos que culminam em sua prisão.


A Imperatriz Leopoldinense fez a arquibancada vibrar e envolveu o público do início ao fim. Desde a comissão de frente até o último carro, a agremiação contou a história de Oxalá e os desafios que ele enfrentou por se recusar a fazer oferendas a Exu.


O abre-alas prestou tributo ao senhor de Ifón, enquanto o segundo carro retratou a espera de Exu pela oferta que nunca chegou. O último carro simbolizou a purificação de Oxalá. Na bateria, os 250 ritmistas representaram Oxalá carregando um fardo de sal nas costas, como mais uma provocação de Exu.



Desfile da Beija-Flor de Nilópolis - Foto: Alexandre Brum/Especial para o Terra
Desfile da Beija-Flor de Nilópolis - Foto: Alexandre Brum/Especial para o Terra

Unidos do Viradouro


A atual campeã do carnaval carioca trouxe para a Sapucaí a história de Malunguinho, um grande herói do século 19 e líder do Quilombo do Catucá, no Norte de Pernambuco. Com o enredo "Malunguinho: o Mensageiro de Três Mundos", a escola mergulhou na luta por liberdade e resistência, estabelecendo um forte diálogo entre as culturas afro e indígena.


A Viradouro impressionou com efeitos holográficos que representaram a chave do cativeiro do catimbó, enquanto a comissão de frente utilizou drones que lançaram chapéus ao ar em meio a labaredas reais e fogo cenográfico.


A bateria poderosa da Viradouro, composta por 282 ritmistas, fez um percurso vibrante, e sua rainha, Erika Januza, brilhou em uma fantasia dourada que exalava fumaça.




Estação Primeira de Mangueira


Última escola a se apresentar na Sapucaí, a Mangueira celebrou a contribuição dos povos bantos de Angola para a cultura, sociedade e religião do Rio de Janeiro com o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões”.


A comissão de frente retratou três momentos marcantes: a alegria da vida na África, o sofrimento da escravidão e o renascimento no Rio de Janeiro. Os "crias" dançaram passinho e soltaram pipas com drones, símbolos das comunidades cariocas e parte da herança banto da cidade.


O público cantou o samba do início ao fim do desfile e acompanhou a bateria, que mesclou ritmos variados, transitando do funk à macumba. A ala "Palavra Plantada" homenageou majestaticamente a influência banta na língua portuguesa falada no Rio de Janeiro, destacando o "pretuguês" com espadas de Santa Bárbara e palavras como "bamba", "bunda", "pinga", "cuíca" e "xodó" nos figurinos.






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